quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Do medo

Este c*brão que me ata os braços e as pernas e as mãos e o raciocínio.
Nunca fui menina de metades, de meios termos, de "quases".
Comigo ou é ou não é. Ou gosto ou não gosto, ou quero ou não quero. Detesto o talvez.
Mas que m*rda de sentimento este que quando me acontecem coisas boas, quando a vida me corre realmente de feição, me faz tremer e retrair. Que me põe a pensar que deve estar tudo para terminar. Que me faz evitar coisas que até gosto e que até me fazem bem porque a possibilidade de as perder, ou de não serem como esperava, por si só é motivo para parar!
Raisparta este nó que dei no coração. Raisparta a incerteza, a dúvida e a insegurança.
Quero o quê? Viver sem arriscar? Não falhar? Não cometer erros? É que isso eu sei ser impossível. É que estas coisas são o que dá sabor à vida. É que as falhas, os erros, os riscos, as desilusões são quem mais nos ensina sobre quem, como e porque somos!
E eu, que nunca fui menina de metades, que sempre tive a minha vida estruturada, sempre soube como ia ser, o que queria fazer e para onde queria ir; tenho o coração a mil por não saber adivinhar o futuro!

E depois começo a gostar de me ir descobrindo. Acho piada às situações insólitas. O coração aquece com momentos desconhecidos. Mas o medo, embora não se manifeste tanto, continua cá. Talvez passe a chamar-lhe precaução.

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Vamos lá reflectir...