A caminho da faculdade, no metro, fui sentada em frente a um rapaz que até não tinha mau aspecto. Mas olhava fixamente para mim.
Procurei nos recantos da minha memória, talvez o conhecesse e não me estivesse a lembrar. Mas não.
Ponderei ter algum bocado gigante de alface preso no aparelho e ser aquela a maneira dele me alertar. Olhei pela janela do metro (sempre um óptimo espelho) e nada.
E pronto desviei o olhar que aquilo estava a ser incómodo.
Três horas e tal depois, no regresso a casa, no centro comercial onde eu dou umas voltas enquanto espero pela hora do autocarro, entro numa sapataria. Dou meia volta e fico de frente para o dito rapaz.
Devo ter ficado azul, porque ele esbugalhou (esta palavra existe?) os olhos de uma maneira assustadora. Depois sorriu e não saía da minha frente.
A questão é:
1) Há coincidências estranhas?
2) Ele andou a perseguir-me?
3) Sou como a Jennifer Love Hewitt naquela série e vejo fantasmas?
Pronto. Hoje parece-me que a opção é claramente a 1. Mas na sexta-feira, exausta como estava dos exames, garanto que a 3 me pareceu muito possível.
Há 6 meses