De cada vez que me encontras é sempre igual. Paras e ficas boquiaberto a olhar para mim como se eu fosse um ser do outro mundo.
Pois é. Eu continuo a existir.
Sim, já passaram alguns anos, mas eu continuo a viver na mesma terra que tu... por isso é normal que nos cruzemos de vez em quando.
O mais estranho, é que sempre que te vejo tu olhas para mim como se estivesses à espera que eu te fizesse uma festa, como se reagisse ao facto de te ver!
As coisas entre nós ficaram muito bem resolvidas... e para o caso de não te lembrares foste tu que quiseste assim. E tu pareces achar estranho o simples facto de eu já não reagir quando te vejo!
Não, não te esqueci. Nem vou esquecer! Foste o primeiro por quem lutei, o primeiro por quem sofri. Bom ou mau, esse tempo estará para sempre na minha memória. E não me sinto nada mal por não te ter esquecido! Agora recordo as coisas que passei com alguma alegria, porque sofri... é verdade. Mas aprendi.
Não te esqueci, mas fazes parte do passado. E esse passado já vai distante. Hoje quando te vejo apenas me lembro de uma fase da minha vida, à qual acho piada mas da qual não tenho saudades.
Estou bem melhor agora! Para quê pensar no que já lá vai?
Por isso vê se quando nos cruzarmos não fazes essa cara de galã de filme francês... porque para mim já eras. E eu não vivo de recordações!
(O meu presente é PERFEITO, coisa que o passado contigo nunca foi.)